sábado, 16 de fevereiro de 2013

UTI- 17/01/2013 até diagnóstico 08/02/2013

Dia 17/01/2013- Léo completou 4 meses, dá forma mais triste que poderia existir, ele teve uma septicemia e chegou a entrar em choque séptico, quase que meu menino nos deixa, foi um dos piores dias da minha vida e saber que eu não podia fazer nada para ajudá-lo a sair daquela situação,  a não ser rezar e pedir para Deus cuidar para que nada acontecesse.
Ele teve que ser entubado e sedado,e ganhou um cateter novo no braçinho com acesso central (vai até o coração)  além do PICC da cabeçinha, e recebeu a primeira transfusão de sangue,  o estado dele era gravíssimo e ele corria risco de não resistir, graças a Deus tenho a felicidade de ter amigos que são como minha família, MARAVILHOSOS que tem me ajudado muito nos dando muita força, e além disso tenho recebido apoio até mesmo de gente que não conheço, que ficam sabendo da nossa história e nos mandam mensagens de apoio e orações.
Ele ficou 4 dias  e parecia estar melhor extubaram ele, passamos 2 dias dificílimos com ele com crises de abstinência dos remédios de sedação, muito triste ai começou a tomar remédios para abstinência, ele ficava aéreo, sem rir, sem querer brincar, o dia que ele pegou o brinquedinho na mão que parecia que as coisas estavam começando a voltar para o lugar, começou novas febres... o cateter já  poderia estar infectado, então pegaram outro , mas agora na jugular, para isso ele precisava de anestesia geral e como o pulmão ainda estava debilitado nos falaram que poderia ter que entubar e talvez ele passasse uns dias entubado até melhorar.. isso foi no dia 25 de janeiro...  ele passou uma semana sem ter nenhum tipo de resposta nem piorava o que nessa altura nós já comemorávamos, mas também não melhorava o que nos angustiava.
Um dia o chefe da UTI veio conversar e disse que o caso estava muito grave, pois ninguém sabia o que o Léo tinha, isso veio como uma bomba pois se eles não sabem como vão curar?  ficamos mais uma vez desesperados, ele disse que não poderíamos esperar mais e que teriam que ser mais agressivos, fizeram uma nova tomografia do pulmão e ele estava muito comprometido,  marcou então uma broncoscopia com lavagem do pulmão e uma colonoscopia (uma espécie de endoscopia só que do intestino) para ver se dava alguma coisa, e mais uma vez nada, aumentaram a dieta pela sonda  10 ml por dia na época ele estava mamando 20 ml de leite pela sonda e a NPP pelo cateter , conseguiram em alguns dias chegar nos  55ml e tiraram a NPP (uma porta de infecção a menos UFAAA). Fez mais algumas transfusões de sangue, e o hospital vinha nos agradecer a quantidade de doadores que foram doar sangue para o Léo. E menino querido esse viu, meu irmão foi doar sangue e falou vim doar sangue para Leonardo do hospital Sabará ai a mulher falou o Berbel?  meu irmão disse que sim, ela me pergunta: ele é famoso? quantos anos ele tem? meu irmão falou que não era famoso e que tinha apenas 4 meses e a moça disse nossa mas veio tanta gente aqui doar que a gente achou que ele era famoso. kkkkk OBRIGADA CADA UM QUE FOI DOAR, com certeza não ajudou só o Léo mais muitas crianças que estão precisando tanto quanto o Léo.
A todo momento eu ouvia dos médicos que não sabiam o que o Léo tinha e que ele se comportava diferente de qualquer criança o que deixava eles muito preocupados, pois eles não sabiam como ele iria evoluir, que ele era o caso mais grave das 20 crianças internadas na UTI.
Uma médica achou que poderia ser alguma deficiência imunológica, pediu alguns exames, um deu que as imunoglobulinas (anticorpos) estavam baixas, fizeram a reposição e os outros exames não saiam os resultados, os médicos ficaram cobrando e nada a imunologista conversou com a gente e disse que queria fazer novamente pois não saia o resultado em um lugar particular, autorizamos mas o hospital quis repetir o exame pois eles achavam que eles que fizeram algo errado no primeiro por isso não liberam o resultado, a medica novamente conversou e quis fazer novo exame paralelo e mandar para o centro de pesquisa da USP, e no dia seguinte veio a noticia.

Depois das crises de abstinência quase superadas, quando ele pegou o brinquedo.

Entubado pela segunda vez, sonda para alimentação, sonda vesical, sensor na cabeça para monitorar a atividade cerebral.

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